O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) encerra 2020 atingindo resultados históricos. Com um crescimento na ordem de 37% na comparação ao ano anterior, as operações de financiamento para apoiar diferentes setores da economia atingiram R$ 3,26 bilhões. Nesse período, foram firmados 4.678 contratos nos três estados do Sul onde o banco atua – Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Um dos destaques é o Programa Recupera Sul, implementado pelo BRDE para auxiliar os segmentos mais atingidos pelos efeitos da pandemia de Covid-19.
O apoio do BRDE buscou suprir situações emergenciais, em especial micro, pequenas e médias empresas, e os empreendedores individuais que demandaram capital de giro durante as restrições impostas para combater o avanço do novo coronavírus. Após rodadas de negociações com os provedores de recursos, o BRDE viabilizou, inclusive, adiar o pagamento de parcelas de financiamentos nesse período.
“Apesar da pandemia, o BRDE conseguiu cumprir plenamente o seu propósito de ser um parceiro estratégico dos setores que produzem a riqueza da nossa região. Conseguimos atuar na proteção das empresas mais afetadas e, em especial, na preservação de um bom número de empregos”, destacou a diretora-presidente Leany Lemos.
Em Santa Catarina, o BRDE encerra 2020 com destaque para o volume de contratações realizadas. O valor em operações de crédito no estado chegou a R$ 1 bilhão – número 25% maior do que comparado a 2019 – representando o total de recursos disponibilizados aos setores do Agronegócio, Indústria, Comércio e Serviços, Inovação, Tecnologia e Turismo.
“Em um ano de pandemia, com crise em vários setores, o BRDE buscou inovar para contribuir ainda mais com nosso estado. O número expressivo de contratações prova que não paramos. Nossas equipes técnicas seguiram desde março em trabalho remoto para operacionalizar e pulverizar o crédito no estado”, destaca o diretor financeiro, Marcelo Haendchen Dutra.
A agência catarinense responde por mais da metade do número de contratos firmados pelo BRDE desde janeiro de 2020. O banco conseguiu aumentar a capacidade de apoio aos empreendedores catarinenses com quase 2,7 mil operações realizadas. “O número de contratações é quase 60% maior do que o ano passado e ainda uma das maiores pulverizações já feitas pelas agências do banco”, ressalta o Diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos, Vladimir Artur Fey.
Recupera Sul para os catarinenses
A criação do programa de apoio aos empreendedores, impactados pela crise do coronavírus, disponibilizou R$ 100 milhões de recursos do próprio banco para capital de giro para MEIs, micro, pequenas e médias empresas do estado. Do total em crédito garantido para Santa Catarina, aproximadamente R$ 88 milhões já foram repassados, o restante está em fase de liberação. A linha de crédito beneficiou, até o momento, cerca de 1.050 empresas catarinenses.
A estimativa é de que com a conclusão dos processos de liberação de recursos em andamento, outros empreendedores sejam beneficiados, aumentando para 12 mil o número de empregos protegidos pelo programa de crédito, através do BRDE. O levantamento prévio mostra que os valores disponibilizados pelo banco chegaram a 127 cidades catarinenses.
“O BRDE socorreu empreendedores dos principais setores da economia com redução de taxas de juros, simplificação de processos, flexibilização de garantias e pulverização do crédito por meio de entidades parceiras”, relata o superintendente da Agência do BRDE em Florianópolis, Marcone Souza Melo.
Repactuação das dívidas
Além da liberação de crédito, mais de 1,3 mil empreendedores (empresas e agricultores) foram beneficiados com a postergação dos contratos por pelo menos seis meses. Foi uma espécie de “congelamento da dívida” durante o período mais crítico da pandemia. Prefeituras também foram beneficiadas pela medida. Somadas as parcelas postergadas desde o mês de março, quando as empresas, agricultores e prefeituras deixaram de desembolsar, o valor chega a aproximadamente R$ 115 milhões.