A Federação Catarinense de Municípios (Fecam) entrou na fila para adquirir a vacina Coronavac, do laboratório chinês em Sinovac, que está sendo produzida em parceria com o Instituto Butantan. O protocolo de intenções assinado na tarde desta quinta-feira (10) formaliza o interesse dos municípios catarinenses em adquirir a vacina contra o coronavírus após a aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Embora todos estivessem de máscara, a cerimônia de assinatura transmitida pelo YouTube foi marcada por aglomeração.
Uma equipe técnica da Fecam e prefeitos foram em comitiva até São Paulo para assinar o documento. Após a cerimônia, o grupo vai conhecer o complexo de laboratórios do instituto e visitará o Palácio dos Bandeirantes. “Em cenário de incerteza sobre o Plano Nacional de Imunização, em meados de novembro, nós agilizamos e tratamos de sinalizar que os municípios desejam o acesso a vacina”, disse o presidente da Fecam, Paulo Roberto Weiss.
Características da vacina
A vacina está em na última fase de testes, que é a fase 3. Os resultados de eficácia da vacina ainda não foram divulgados. Essa é uma vacina com facilidades para ser adquirida já que pode ser armazenada dentro dos padrões nacionais – de 2°C a 8°C e tem validade de três anos.
Compra depende de aprovação da Anvisa
A Fecam não soube informar quantas doses serão adquiridas e como será a logística de vacinação nos municípios catarinenses. Também não há prazo definido para início da imunização. Esse planejamento depende da aprovação da vacina por parte da Anvisa.
As duas doses previstas para imunização custam em média R$ 60 (R$ 30 cada dose). “De todas que se anunciam próximo a uma aprovação pela Anvisa, é a mais barata e mais fácil de logística e armazenamento”, disse o consultor da Fecam, Jailson Lima.
Plano de imunização
A federação divulgou ainda que, num primeiro momento, serão tendidos os grupos prioritários definidos plano de imunização. Pelo governo federal, o plano de imunização ficou definido em quatro fases:
Na primeira fase, conforme a coordenadora do PNI, devem entrar trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena.
Em um segundo momento, entram pessoas de 60 a 74 anos. A terceira fase prevê a imunização de pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas, cardiovasculares, entre outras).
A quarta e última fase deve abranger professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional. Em um primeiro momento, a população carcerária havia entrado nesse grupo, mas foi excluído três dias depois de o Ministério da Saúde divulgar a informação.