O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, anunciou ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro Paulo Guedes (Economia) que pretende deixar o cargo. A informação foi divulgada em nota de fato relevante divulgada pelo BB.
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“Em conformidade com o § 4º do art. 157 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e com a Instrução CVM nº 358, de 03 de janeiro de 2002, o Banco do Brasil (BB) comunica que o Sr. Rubem de Freitas Novaes entregou ao Exmo. Sr. Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro e ao Exmo. Ministro da Economia, Paulo Roberto Nunes Guedes, pedido de renúncia ao cargo de presidente do BB, com efeitos a partir de agosto, em data a ser definida e oportunamente comunicada ao mercado, entendendo que a Companhia precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário. Sendo aceita a renúncia pelo Presidente da República, a indicação do novo presidente do BB deverá acontecer na forma do artigo 24, inciso I do Estatuto Social do BB”, diz o comunicado.
A administração do Banco do Brasil tem sido alvo de críticas do ministro Guedes, que tem afirmado falta de controle da instituição para atender demandas do governo. Em maio desse ano, ao falar sobre a privatização do banco, o ministro Paulo Guedes se referiu ao presidente do Banco, Rubem Novaes, como “coitado”.
“O Banco do Brasil não é tatu nem cobra. Porque ele não é privado, nem público. Então se for apertar o Rubem, coitado. Ele é super liberal, mas se apertar ele e falar: ‘bota o juro baixo’, ele: ‘não posso, senão a turma, os privados, meus minoritários, me apertam’. Aí se falar assim: ‘bota o juro alto’, ele: “não posso, porque senão o governo me aperta’. O Banco do Brasil é um caso pronto de privatização”, explicou Paulo Guedes.