O novo coronavírus está preocupando, agora, a região Sul de Santa Catarina. Com isso, algumas cidades da Associação de Municípios da Região de Laguna (Amurel) resolveram adotar novas medidas restritivas. Em Tubarão, o prefeito Joares Ponticelli (PP) baixou um decreto municipal nesta quarta-feira, 15, determinando lockdown, válido por nove dias.
No decreto, ficou estabelecida a suspensão do transporte coletivo público e privado, de atividades não essenciais, como barbearias, academias, shoppings e do comércio em geral. Serviços públicos não essenciais também serão suspensos em Tubarão por nove dias.
As medidas também impactam a rede hoteleira, pois o decreto suspende a entrada de novos hóspedes nos hotéis de Tubarão. Esportes coletivos, amadores e profissionais, visitas a asilos e casas de reabilitação, atividades escolares, em todas as faixas de ensino, eventos públicos e privados, espetáculos musicais e aglomeração de mais de duas pessoas também estão proibidos nos espaços coletivos, parques e praças de Tubarão.
Tubarão segue recomendações da Amurel
O município de Tubarão e os demais pertencentes a região da AMUREL definiram pela tomada de medidas restritivas em assembléia geral extraordinária realizada na terça-feira, 14, por videoconferência.
Na quarta-feira, 15, em entrevista coletiva pelas redes sociais, a Amurel divulgou o teor da recomendação feita aos prefeitos dos 18 municípios. As gestões municipais de Imbituba, Braço do Norte, Gravatal e Grão Pará – de forma mais incisiva – não manifestaram interesse em seguir as restrições.
Reunião ampliada
Os gestores seguem conversando para avaliar a adoção de novas medidas. Também nesta quarta-feira, 15, a Amurel realizou um novo encontro virtual, dessa vez, com deputados estaduais, federais, diretores de hospitais da região, prefeitos e secretários municipais de saúde. O secretário de saúde de Criciúma, Acélio Casagrande, disse que é preciso agir rápido por causa da escalada do vírus na região.
“Ontem, em Criciúma, tivemos 100 novos casos. Os novos casos de hoje, são as pessoas que vão precisar de leitos amanhã. Estamos indo para uma subida e não sabemos onde vamos parar”, disse Casagrande.
O Secretario de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, também participou da reunião e garantiu queo Estado tem condição de ajudar os municípios e ativar novos leitos, no entanto, precisa ser provocado nesse sentido, por região e por hospital.
“Estamos batendo na tecla da terapia intensiva, e ela é fundamental. O governo tem equipamentos para viabilizar leitos, mas precisamos fazer essa conversa próxima e resolver em quais hospitais serão estruturados. Isso depende das regiões e que os hospitais se coloquem também dizendo ‘eu quero, eu tenho condição’ e vamos dar esse apoio. Para Araranguá, solicitamos ativação de cinco a dez leitos de terapia intensiva”, afirmou Motta Ribeiro.
Também estiveram presentes na reunião, representantes de outras duas associações de municipíos do Sul: a Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) e Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc).