Uso da internet nas eleições

A internet entrou de vez nas eleições no Brasil em 2018. Antes disso, o meio servia como mais um canal para a estratégia de campanhas. Hoje, ela é o principal meio para aproximar os candidatos do público. E como na eleição passada, promete ser o meio de propaganda mais utilizado nas eleições municipais deste ano.

Devido à alteração no calendário, a propaganda eleitoral só é possível a partir de 27 de setembro. Antes disso, algumas atividades são permitidas aos pré-candidatos, como manifestar posições políticas, colocar-se como pré-candidato e divulgar arrecadação de recursos para a campanha.

O tema foi assunto na palestra “Os limites da propaganda eleitoral na eleição de 2020”, do advogado eleitoralista Mauro Antônio Prezotto, no segundo dia dos Seminários Eleitorais promovidos pelo Ministério Público de Santa Catarina.

Um dos desafios será combater as fake news, impedindo o disparo em massa de conteúdo de mensagens de forma deliberada. Será expressamente proibido comprar cadastros de eleitores para disparo de propaganda eletrônica – que só pode ser enviada para eleitores cadastrados gratuitamente pelo candidato, partido ou coligação, e o eleitor tem que ter concordado previamente.

Na prática, o que se espera é responsabilidade das campanhas para focar naquilo que estamos cansados de pedir: mais propostas e menos ataques. Bem ou mal, a eleição de 2018 deixou uma grande lição para todos, desde o cidadão, que tem sim que ter consciência daquilo que repassa pelo celular, dos candidatos e comitês, que precisam ser duramente reprimidos em casos comprovados de produção de material duvidoso, e acima de tudo dos próprios candidatos, que precisam ter como ponto central de suas presenças na internet a transparência e o zêlo pela coletividade. Os seminários do MP com assuntos sobre às eleições são transmitidos no canal do youtube da instituição.

Nesta quinta será debatido as convenções partidárias e os pedidos de candidatura. Na sexta, participação das mulheres na política.

:.Leia o PDF da Coluna Pelo Estado desta quinta-feira, 9 de julho

Tragédias

A família da autônoma Neli Marchesini Xavier da Cruz, 56, de Chapecó, sofreu duplamente na última semana. Ela e os netos mal se recuperavam da covid-19 quando as duas casas da família, a dela e a da filha, foram atingidas pelo ciclone. O telhado das duas casas foi arrancado com a força dos ventos. Ela ficou oito dias de cama por causa da doença.

Família tenta recomeçar após a passagem do ciclone bomba. A casa deles foi destelhada com a força dos ventos.

Meio bilhão

Os prejuízos do ciclone contabilizados pelo governo catarinense, em todo o estado, já somam R$ 427 milhões, quase meio bilhão de reais. A agricultura foi a área mais afetada, com perdas avaliadas em mais de R$ 223 milhões.

Bate boca 

O deputado Ivan Naatz e o secretário Tasca travaram um verdadeiro bate-boca na CPI dos Respiradores na última terça-feira. Os dois trocaram acusações e Naatz disse que os militares militares permitiram roubar dinheiro dos catarinenses. Tasca disse que o deputado dissemina Fake News na CPI. “O senhor não pode fazer julgamento prévio aqui”, disse o secretário. O clima ficou tenso..

Segurança privada  Um

PM de Florianópolis que pediu para trabalhar de home office foi preso na Capital ao ser flagrado fazendo bico.