O youtber Adilson Dini, de Camboriú, mais conhecido como Ravox Brasil, foi um dos 21 mandados de busca e apreensão no inquérito que apura atos antidemocráticos.
Ex-corretor de imóveis, Ravox publicou vídeo recentemente pedindo a prisão do ministro Alexandre de Moraes. “O presidente Bolsonaro deveria dar ordem de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal”, diz no vídeo, sugerindo ainda que o ministro teria relações políticas com o PSDB.
Em outras publicações, Ravox já citou o polêmico artigo 142 da Constituição e com a interpretação de que as Forças Armadas teriam prerrogativas para destituir os demais Poderes.
Em 2019, o youtuber foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro em Brasília, ao lado de blogueiros. O grupo, que na época esteve na capital federal para manifestações em favor do governo e da Lava-Jato, disse que arrecadou dinheiro para viagem com doações.
O mandado de busca da PF na casa de Ravox foi cumprido por volta das 5h30, em Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, ele também deverá comparecer nesta quarta-feira, 17, na Superintendência da PF em Itajaí para prestar depoimentos.
As diligências foram requeridas pela Procuradoria Geral da República e determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal.
As medidas tem o objetivo de instruir o Inquérito n.º 4.828/DF/STF que investiga a origem de recursos e a estrutura de financiamento de grupos suspeitos da prática de atos contra a Democracia.
No total foram 21 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão, Santa Catarina e no DF.