O Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados, sediado em Florianópolis, participará da formação da rede SENAI BioMol (Biologia Molecular), que reunirá nove laboratórios com capacidade diária de até 11 mil testes de diagnóstico RT-PCR, que detecta o novo coronavírus. A aprovação no Edital de Inovação na Indústria representa investimento de R$ 2,9 milhões que serão aplicados na implantação de uma infraestrutura para atuação em bioinformática e um laboratório com foco BioMolecular, no Sapiens Parque, em Florianópolis, em parceria com a Fundação Certi e a empresa Neoprospecta/BiomeHub.
O laboratório BioMol em Florianópolis terá capacidade para realizar mensalmente até 20 mil testes de RtPCR, considerada a tecnologia mais precisa para a detecção do vírus. A parceria com a Neoprospecta/BiomeHub e com o Centro de Inovação CERTI Sapiens permitirá a adoção de uma tecnologia de testes de triagem em grupo que poderá permitir a testagem de até 16 indivíduos por teste, podendo atingir até 320 mil indivíduos por mês.
“Nosso objetivo é atender o setor industrial catarinense com a oferta de testes em massa para os trabalhadores, identificando os assintomáticos para evitar a proliferação da doença”, afirma o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. “Mesmo que esse investimento esteja focado momentaneamente no enfrentamento da Covid-19, as estruturas que serão criadas atenderão outras demandas posteriores, garantindo o aperfeiçoamento do setor produtivo de Santa Catarina”.
Também foi aprovada uma outra frente no projeto, que ainda depende de parcerias com o setor privado, contemplando uma unidade semelhante no Instituto SENAI de Tecnologia em Alimentos e Bebidas em Chapecó para atender a região Oeste de Santa Catarina, o Rio Grande do Sul e Paraná, bem como oferecer no futuro serviços especializados para área de alimentos. Na agroindústria é possível fazer a rápida identificação de microorganismos nocivos à saúde, como é o caso da Salmonella spp. O teste diagnóstico rápido para a identificação de bactérias é crucial para implementar medidas de controle, a fim de conter a propagação de doenças.
Os laboratórios de Biologia Molecular contarão com suporte de um Núcleo de Inovação em Bioinformática que prestará apoio em big data, gestão de dados e inteligência artificial para ampliar a eficiência e assertividade dos testes. Após a superação da pandemia da Covid-19, a metodologia a ser aplicada, de sequenciamento de cDNA ou DNA, poderá ser utilizada em eventuais novas pandemias ou em uma variedade de problemas diferentes, como mutações no câncer e doenças autoimunes.
Os testes RT-PCR produzidos pelo SENAI e parceiros serão disponibilizados por meio do SESI que realizará a coleta e o apoio às empresas no enfrentamento da pandemia. “Esta é mais uma das frentes que a FIESC está implantando rapidamente para ajudar no combate à pandemia, especialmente nas empresas, mas também contribuindo com a sociedade em geral”, destaca o presidente da FIESC.
Assessoria de Imprensa da FIESC