Com a interdição do prédio da Alesc para desinfecção após um servidor testar positivo para o coronavírus, os depoimentos da CPI dos Respiradores só vão retornar na próxima semana. Os próximos ouvidos serão os dois ex-secretários, Helton Zeferino, Saúde, e Douglas Borba, Casa Civil, além da ex-superintendente Márcia Pauli, que são talvez as testemunhas mais aguardadas desse processo. Em campos opostos de defesa, Helton e Douglas têm trocado acusações e tentado um imputar na conduta do outro falhas no processo de compra dos 200 respiradores da Veigamed e que até hoje não estão em funcionamento no estado.
No centro dos depoimentos, os deputados ainda tentam esclarecer quem determinou o pagamento antecipado, quem negociou com o empresário paulista Fábio Guasti e porque o processo tem tantas irregularidades.
Ambos já prestaram depoimento à polícia e são investigados no inquérito que aponta a existência de uma suposta quadrilha que teria agido para prejudicar os cofres públicos. Dos R$ 33 milhões, a investigação rastreou R$ 11 milhões com indícios de lavagem de dinheiro.
A investigação também tenta confirmar os indícios de que a Veigamed seria apenas uma empresa laranja no processo. No último fim de semana, após o compartilhamento de provas, parte dos depoimentos dos investigados vieram à tona e novas versões sobre os fatos também serão analisadas pelos deputados. Além dos respiradores a comissão também tem abordado outras compras realizadas pelo governo em tempos de pandemia.
Confira a coluna na versão impressa:
Cultura
O governador Carlos Moisés determinou a criação de um grupo de trabalho para ampliar o diálogo, debater demandas e desafios do setor cultural do estado, em um reunião nesta terça-feira, 26, com o setor.
Perícia do IGP no lote com 50 respiradores enviados Veigamed constatou que os produtos que chegaram em SC não são os mesmos listados na Nota Fiscal.