Expectativa adiada

Com a interdição do prédio da Alesc para desinfecção após um servidor testar positivo para o coronavírus, os depoimentos da CPI dos Respiradores só vão retornar na próxima semana. Os próximos ouvidos serão os dois ex-secretários, Helton Zeferino, Saúde, e Douglas Borba, Casa Civil, além da ex-superintendente Márcia Pauli, que são talvez as testemunhas mais aguardadas desse processo. Em campos opostos de defesa, Helton e Douglas têm trocado acusações e tentado um imputar na conduta do outro falhas no processo de compra dos 200 respiradores da Veigamed e que até hoje não estão em funcionamento no estado.

No centro dos depoimentos, os deputados ainda tentam esclarecer quem determinou o pagamento antecipado, quem negociou com o empresário paulista Fábio Guasti e porque o processo tem tantas irregularidades.

Ambos já prestaram depoimento à polícia e são investigados no inquérito que aponta a existência de uma suposta quadrilha que teria agido para prejudicar os cofres públicos. Dos R$ 33 milhões, a investigação rastreou R$ 11 milhões com indícios de lavagem de dinheiro.

A investigação também tenta confirmar os indícios de que a Veigamed seria apenas uma empresa laranja no processo. No último fim de semana, após o compartilhamento de provas, parte dos depoimentos dos investigados vieram à tona e novas versões sobre os fatos também serão analisadas pelos deputados. Além dos respiradores a comissão também tem abordado outras compras realizadas pelo governo em tempos de pandemia.

Confira a coluna na versão impressa:

coluna 27052020

Cultura

O governador Carlos Moisés determinou a criação de um grupo de trabalho para ampliar o diálogo, debater demandas e desafios do setor cultural do estado, em um reunião nesta terça-feira, 26, com o setor.

Pagou e não viu
Perícia do IGP no lote com 50 respiradores enviados Veigamed constatou que os produtos que chegaram em SC não são os mesmos listados na Nota Fiscal.
Parque 
O senador Dário Berger (MDB) demonstrou indignação com a possibilidade de venda de Parque Ecológico em Florianópolis,. Ele protocolou ofício e deve tratar do assunto com o presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, para cobrar a agilidade na renovação da cessão e a doação definitiva da área para a prefeitura da capital.
GNV 
O mercado de GNV foi afetado pela crise sanitária e econômica do novo coronavírus, assim como a maioria das atividades e setores. Em março e abril de 2020, o consumo caiu 38% em comparação ao mesmo período de 2019. Por outro lado, enquanto o preço da gasolina sobe, a projeção de queda na tarifa do gás natural pode aumentar sua popularização em solo catarinense.
GNV 2.
Antes da crise, o mercado do GNV em SC era o terceiro maior do país e vinha reagindo desde 2016. Nos últimos três anos, 15.851 veículos com placas do estado receberam adaptação para uso do GNV. O crescimento de 17% na frota também impulsionou o consumo, que cresceu 35%, no mesmo período.