O Advogado Leandro Adriano de Barros, apontado como elo de ligação com empresários envolvidos nas compras da Secretaria da Saúde por dispensa de licitação para combate a covid-19, depôs no primeiro dia de oitivas da CPI dos Respiradores da Alesc. O advogado está ligado formalmente a pelo menos fornecedores, um deles é o Hospital Mahatma Gandhi, que não chegou a assumir o hospital de campanha em Itajaí, e a Veigamed, empresa que vendeu os 200 respiradores ao Estado em um processo pra lá de suspeito.
Leandro disse que foi procurado para auxiliar o governo nas compras pelo agora ex-secretário Douglas Borba. Segundo ele, por ter experiência na área da Saúde poderia ajudar a Secretaria a não errar: “Muita gente quis vender algo que não se tinha”, disse, justificando sua participação.
Ele negou ligação direta com a Veigamed, mas confirmou que foi procurado para representar a empresa já após o pagamento dos R$ 33 milhões. Barros ainda apontou que também então secretário da Saúde Helton Zeferino tentou pressionar pagamento antecipado na compra de EPIs, de uma empresa inidônea do qual ele disse ter reprovado. “Alertei o Douglas sobre o pagamento antecipado e disse que ele iria comprometer o governador”.
A CPI está só no começo e a promessa é de que muita água ainda vai passar por baixo dessa ponte.
Confira a versão impressa da coluna no link abaixo:
Transporte
O transporte público ainda não está liberado em Santa Catarina. Em reunião na manhã de ontem o secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Vieira, apresentou as orientações sanitárias foram apresentadas e deliberadas com os representantes do setor, que solicitaram alguns ajustes.
Pombinhos, ratos e mosquitos
Deputado Kennedy Nunes (PSD) usou espaço no plenário para questionar a contratação de uma empresa no Porto de São Francisco do Sul, contratada por R$ 590 mil para trabalhar 12 meses, para “matar pombinhos, ratos e mosquitos”. Segundo o parlamentar, a dispensa de licitação contratou o serviço por R$ 2 milhões, quando deveria custar R$ 590 mil, conforme contratos anteriores para o mesmo serviço.
Pensão
Pais em débito com os filhos em processos de execução de alimentos terão valores descontados no auxílio emergencial que porventura venham a receber do Governo Federal. Essa tem sido uma decisão recorrente de juízes de varas de Família de Joinville, Criciúma e Florianópolis, a pedido da Defensoria Pública de Santa Catarina (DPE-SC). O grande risco de contaminação pelo novo coronavírus dentro das cadeias fez com que o Poder Judiciário autorizasse pais em débito com os filhos a cumprirem a pena de prisão em casa.
Cadáver
O Ministério Público da Capital vai investigar possíveis irregularidades no procedimento realizado pelo Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina (IGP) referente à locação de nove contêineres para o acondicionamento de corpos em decorrência da pandemia. Segundo a Notícia de Fato, haveria conflito de finalidades com a suposta sub-contratação do serviço, já que esse é um dos papéis do próprio IGP.
Hospital de campanha