Congresso pode votar liberação para produção de respiradores em SC esta semana

Em Santa Catarina, pelo menos três empresas já estão produzindo ventiladores mecânicos, os chamados respiradores, para auxiliar no combate ao coronavírus. No entanto, em duas delas, a liberação para comercializar os equipamentos, que variam entre R$ 2 mil e R$ 20 mil ainda depende de questões burocráticas, como liberação pela Anvisa. Uma proposta do deputado federal Carlos Chiodini (MDB), que facilita o processo de desburocratização para este seguimento, poderá ser votado ainda esta semana no Congresso. A lei busca autorizar, em regime extraordinário, que qualquer empresa com condições técnicas, independentemente de seu objeto social, possa fabricar respiradores para a pandemia.

Uma dessas empresas que já produz os equipamentos é a WEG, empresa de energia, que informou direcionar a sua linha de produção para fazer respiradores licenciados pela Leitsung, que já produz esses equipamentos. A capacidade de produção da WEG é de 50 respiradores por dia.

Em Santa Catarina, pelo menos três empresas já estão produzindo esses equipamentos. Uma delas é a WEG, empresa de energia, que informou direcionar a sua linha de produção para fazer respiradores licenciados pela Leitsung, que já produz esses equipamentos. A capacidade de produção da WEG é de 50 respiradores por dia.

As outras duas empresas, que seriam beneficiadas pelo projeto de lei apresentado por Chiodini, são a Autom. de Santa Cecília, que já teve “sinal verde” e está na fase final de apresentação de documentos, e a Bold, de Jaraguá do Sul, que recentemente teve os testes clínicos do equipamento aprovados, restando apenas a aprovação técnica da Agência.

O senador Dário Berger (MDB) tem articulado com a Anvisa a liberação das licenças necessárias para a comercialização dos equipamentos.

A Bold, segundo a empresa, pode fabricar até 400 aparelhos por dia. Embora o aparelho desenvolvido pela Bold, não seja aquele completo de UTI, pode ser usado em 93% dos casos de Covid-19, e o preço gira em torno de R$ 20 mil.

Já os engenheiros do AUTOM de Santa Cecília, informaram que podem produzir 50 equipamentos por dia ao preço final de R$ 2 mil.

“Diversas pessoas estão morrendo por falta de ventiladores no Brasil. O caso mais visível é o de Manaus. Empresas brasileiras têm produtos bons, acessíveis, eficazes e com preço mais baixo que os importados, e que já passaram por todos os testes clínicos e técnicos. Estamos propondo a flexibilização e simplificação dos processos de cadastro da empresa como fornecedora de insumos de saúde”, afirma Chiodini.

A fabricação de respiradores vem sendo um dos maiores desafios no combate ao coronavírus. O aparelho é usado para ajudar pacientes que apresentem insuficiência respiratória, um dos sintomas mais comuns da covid-19, doença causada pelo vírus, e esses equipamentos são essenciais para manter o aparelho respiratório funcionando enquanto o vírus é tratado.