O estado de Santa Catarina completou um mês de quarentena por conta do novo coronavírus. A doença que vem devastando vidas mundo afora bateu à nossa porta. Hoje já são quase mil infectados e 30 mortes em nosso estado. No Brasil, o recorde de vítimas fatais é diário. Já são mais de 33 mil casos e 2.141 mortes registradas até sexta-feira, 17.
Aqui, o Executivo implementou uma série de ações nas mais diversas áreas. O fechamento de estabelecimentos e a suspensão do transporte público até podem ter freado a disseminação do vírus, mas acabou instalando um crise a mais no campo político. Era tudo que não precisávamos em uma hora dessas. A pressão dos setores produtivos, em alguns momentos até mesmo desmedidas, culminou em tomadas de decisões descoordenadas. Os gestos de ir abrindo setores a conta gotas não funcionou para arrefecer os ânimos e a coisa só piora dia após dia.
O secretário de Saúde tem dado respostas evasivas sobre a real situação da rede de Saúde e da compra de equipamentos. O edital para construção de um hospital de campanha foi um desastre. Moisés não fala com a imprensa, não de forma franca, e limita-se a responder perguntas enviadas por jornalistas por whatsapp nas coletivas diárias para anunciar o número de mortos.
O governador bem intencionado se fecha em copas, perdeu diálogo com a Assembleia e aos poucos vai perdendo forças em um campo minado onde só a política com transparência poderá o salvar.
Elo com os municípios
O vice-presidente da Alesc, deputado Mauro De Nadal, preocupado com os pequenos municípios realizou na manhã de quinta-feira (16) reunião online com prefeitos do extremo oeste. Na pauta, as medidas adotadas pela Alesc para o enfrentamento ao vírus, além de ouvir os anseios e necessidades de cada cidade. Somos o elo entre os municípios e o Governo, e precisamos ouvi-los para levar suas demandas ao governador e buscar auxilio para o enfrentar o momento que o estado e o país vivem”, comentou De Nadal.
Queda de braços Não é só o Governo Federal que está em queda de braços com a Câmara dos Deputados. O Senado resolveu entrar em disputa paralela e também mede forças com os deputados federais. O principal ponto de embate das duas casas, nesse momento, é o socorro aos estados e municípios na crise do novo coronavírus. Nesta semana, os senadores resolveram segurar a proposta que chegou da Câmara e aglutiná-la a um projeto semelhante do senador Antonio Anastasia (PSD). Com isso, quem dará a palavra fi nal sobre o tema é o Senado.
Conteúdo e redes sociais: Fábio Bispo e Eliane Ramos