Usando máscara de proteção e acompanhado dos secretários Helton Zeferino, Educação, e Natalino Uggioni, Educação, o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), sinalizou que o decreto que estabelece a quarentena em todo o estado deve ser reeditado na próxima quarta-feira, dia 8. “Não há que se fazer liberação de público nas duas próximas semanas”, afirmou durante coletiva de imprensa via internet na tarde desta segunda-feira, 6.
O governo não deu detalhes sobre como deve ser o texto do novo decreto. Nas ultimas semanas o Estado liberou o funcionamento de serviços pontuais, como a cadeia da Construção Civil e os serviços de atendimento individualizado. Moisés afirmou que Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES) segue analisando e discutindo todas as etapas do isolamento social.
“As próximas semanas serão de pico [da doença] no Brasil e não temos segurança epidemiológica”, afirmou, descartando a possibilidade de liberação de serviços como o transporte coletivo nos próximos dias. “O isolamento social vem para que a curva não seja tão aguda e nos dê tempo para adquirir os insumos que o mundo inteiro está adquirindo”, disse.
O Estado também publicou uma portaria que recomenda o uso de máscaras de tecido por parte de todos os catarinenses que precisam sair de casa. “A máscara é uma barreira que ajuda a evitar a proliferação do vírus”, afirmou Moisés.
Questionado sobre a possibilidade da liberação de atividades comerciais em determinadas regiões, Moisés minimizou a investida da qual vem sendo cobrado constantemente por parte dos setores da economia e da população que não concorda com a quarentena. “O mundo inteiro tem hoje outra prioridade que não a compra. Mesmo que liberássemos uma empresa qualquer para vender um determinado produto não está mais na atenção primeira das pessoas o mercado, o comércio. Isso afeta todas as relações de consumo”, afirmou.
Por Fábio Bispo