O total de investimentos previstos no Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do Governo Federal para a infraestrutura em Santa Catarina corresponde a apenas 13% do total da demanda prevista para 2020. Dos R$ 948,2 milhões, apenas R$ 120 milhões estão previstos para o estado. Outro dado preocupante, apontado na primeira reunião do ano da Câmara de Transporte e Logística da Fiesc, realizada na quarta-feira (12), em Florianópolis, é que apenas uma das 40 obras monitoradas pela Câmara está com o andamento dentro do prazo. Trata-se do Aeroporto de Navegantes, cujo investimento é privado. O restante é dividido em 11 obras com prazo expirado e 28 com andamento comprometido. Para o gerente executivo da Federação das Empresas de Transporte de Carga (Fetrancesc), Alan Zimmermann, os números revelam carência de investimentos e reforçam a necessidade de concessões. “Isso se reverte em qualidade de pavimento, diminuição de congestionamentos, redução de acidentes e de custos. E, para o transporte rodoviário de cargas, consegue-se transferir o valor do pedágio oficial para o embarcador ou cliente final”, salientou. Representante do setor na Alesc, o presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Transporte e Logística no Poder Legislativo, deputado Valdir Cobalchini, reforçou a importância de investir na infraestrutura como um todo e fez críticas às operações tapa-buracos. O presidente da Fiesc, Mário Cézar de Aguiar, acrescentou que “será difícil viabilizar a movimentação da economia se nada for feito pela infraestrutura.”
50% ao ano
A movimentação de contêineres do Complexo Portuário de Itajaí cresceu 150% nos últimos três anos, uma média de 50% ao ano. O conglomerado ao redor dos portos de Itajaí e Navegantes responde pela segunda maior movimentação de contêineres do País (19% do total nacional) e por 70% das exportações catarinenses (cerca de US$ 6,2 bilhões). Além dos portos, abriga os terminais da Braskarne, Trocadeiro, Poly e a Teporti. Eu reunião na Fiesc na última quarta-feira (12), o superintendente do Porto de Itajaí, Marcelo Werner Salles, a finalização de um conjunto de obras permitiu receber navios de até 350 metros de comprimento, conhecidos como mega ships. Mas, segundo ele, são necessários recursos da União para iniciar imediatamente a segunda etapa das obras, orçada em R$ 250 milhões. “Todos os novos navios contratados têm 400 metros de comprimento, o que exige readequação da estrutura para recebê-los”, disse.
“Podem espernear à vontade. A verdade é que o governo @jairbolsonaro tem alcançado resultados que realmente importam ao brasileiro. Parabéns, @SF_Moro e a toda sua equipe.”
Ministra Damares Alves, no Twitter, em comemoração à queda de 19% no número de assassinatos no Brasil em 2019
Lado a lado O governador Carlos Moisés disse para o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital da União, Paulo Uebel, que deseja caminhar lado a lado com o governo Federal e que o objetivo principal é facilitar a vida das pessoas que utilizam os serviços públicos. O governador entregou ao secretário um relatório com 20 propostas de Santa Catarina que necessitam do apoio federal para acelerar as ações de desburocratização. Também foi entregue um manual com 26 boas práticas já em execução no Estado e que podem ser utilizadas em âmbito federal.
Militares no poder A decisão do presidente Jair Bolsonaro, de colocar mais um militar na cúpula do Planalto gerou forte insatisfação no Poder Legislativo. Para congressistas, ao aumentar o núcleo militar, o presidente ensaia um isolamento político. Deputados e senadores já anteveem o risco de piorar ainda mais a já difícil relação com o Congresso.
Em crescimento Todos os segmentos superaram o consumo de gás natural em janeiro, em relação ao mesmo mês do ano passado, informou a Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGás). A média foi de 1,96 milhão de metros cúbicos/dia, 8,2% superior a do mesmo período de 2019. A maior alta foi registrada pelo setor industrial, de 10%.
Grãos de inverno – Programa da Secretaria de Estado da Agricultura, em parceira com a iniciativa privada, lançado na quinta-feira (13), durante o 5º Fórum Mais Milho, em Mafra, pretende estimular a implantação de 100 mil hectares de trigo, 10 mil hectares de triticale e 10 mil hectares de cevada. Santa Catarina possui 660,8 mil hectares com potencial para exploração de grãos de inverno, mas só 20% são utilizados, segundo o pesquisador da Embrapa Trigo, Eduardo Caierao, o que traz uma grande possibilidade de ampliação de área plantada.
Juliana Wilke