O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Santa Catarina finalizou no começo desta semana uma série de 295 reuniões – uma por cidade do estado – preparatórias para o Censo Demográfico 2020. O último encontro aconteceu na Câmara de Vereadores de Florianópolis e serviu para integrar agentes públicos, órgãos e instituições, como a PMSC, no planejamento do trabalho. A previsão do IBGE é que sejam contratadas ao todo 7,7 mil pessoas. A maioria, recenseadores, mas também haverá vagas para coordenadores e supervisores.
O processo seletivo já começou e a maior parte das vagas será ofertada em edital lançado em fevereiro. Segundo o coordenador operacional do Censo em Santa Catarina, Fabiano Rodolfo, existe uma preocupação no chamamento de pessoas por aqui. É que Santa Catarina tem um dos menores índices de desocupação do país, o que dificulta a atração de trabalhadores temporários. “O Censo, num país como o Brasil, é uma operação bastante grandiosa, e que envolve um grande contingente de pessoas. Diferentemente de outras pesquisas do IBGE, no Censo nós iremos a todos os domicílios”, disse. O Censo acontecerá de agosto a outubro do próximo ano.
Os primeiros meses de 2020 servirão para cursos de formação e treinamento. A expectativa do IBGE é de que sejam recenseadas 2,5 milhões de residências no território estadual. No país, serão contratadas 250 mil pessoas. A estimativa do Instituto é de recensear 71 milhões de domicílios em todos os estados. Os dados preliminares serão apresentados em dezembro de 2020. Já os dados finais e análises, entre o segundo semestre de 2021 e o início de 2023.
A novela continua
Deputado João Amin (PP) apresentou Pedido de Informação ao Executivo. Quer saber o que motivou o governador Carlos Moisés a assinar documento pode retardar solução no caso dos royalties do petróleo. A ação tramita há décadas. É uma luta histórica que já atravessou vários governos na tentativa de reparar uma injustiça com Santa Catarina. O documento assinado por Moisés é encabeçado pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, maior interessado em manter as coisas como estão, e propõe uma audiência de conciliação. A teoria defendida por Witzel é de que os estados que perderem receita com a nova regra de divisão dos royalties e participações especiais, perderão muito. E os que ganharem, ganharão pouco. O fato é que Santa Catarina perde muito há muito tempo. Em entrevista à Coluna Pelo Estado, o senador Esperidião Amin (PP-SC), um dos arraigados defensores dos direitos do Estado neste caso, disse que a demora do Supremo em tomar uma decisão sobre o assunto era um caso de abuso de autoridade. “São 28 anos sem uma decisão em algo que é da competência privativa do Supremo”, reclamou. Em outro trecho da entrevista, concedida no final do primeiro semestre, o senador faz um alerta bastante atual: “Por baixo, hoje estamos perdendo R$ 500 milhões por ano. Eu coloquei para o pessoal da Petrobras que, se houver um derrame de petróleo na bacia de Campos, o litoral mais atingido será o de Santa Catarina por causa das correntes marítimas. Ou seja, não ganhamos nada e ainda corremos o risco de perder muito”.
Semana de prevenção Aprovada por unanimidade na sessão ordinária desta terça-feira (5) da Assembleia Legislativa, o projeto de lei que institui a Semana de Prevenção, Conscientização e Combate à Automutilação. O projeto foi apresentado pelo deputado Sergio Motta (Republicanos). A Semana passa a integrar o calendário oficial de eventos do Estado. Na justificativa, Motta falou da preocupação de profissionais que atendem na área da saúde mental por conta do aumento de casos. “Precisamos estar atentos. Isso é um assunto de saúde pública tão sério quanto tantos outros que nós falamos todos os dias.”
Visitantes especiais Outra matéria aprovada por unanimidade nesta terça, só que no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia foi a que autoriza visita de animais de estimação a pacientes internados em hospitais catarinenses. A iniciativa é da deputada Marlene Fengler (PSD). Ela destacou que o projeto segue as recomendações estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde.
Julgamento Começará na manhã desta quarta-feira (6) o julgamento do deputado Romildo Titon (MDB) no caso da Operação Fundo do Poço, que investigou fraudes em licitações, pagamentos de propina e favorecimentos na perfuração de poços artesianos em 17 municípios catarinenses, envolvendo duas empresas e quase 50 agentes públicos. Os crimes denunciados incluíam formação de quadrilha, organização criminosa, corrupção passiva e ativa, dispensa indevida de licitações, peculato e advocacia administrativa.
O procurador de Justiça Fábio de Souza Trajano, subprocurador de Justiça para Assuntos Jurídicos, vai pedir a condenação de Titon por corrupção e organização criminosa. Trajano defende que o deputado não só participava do esquema, como era um dos líderes. Ele irá apresentar áudios e documentos que comprovam a prática. O resultado, qualquer que seja, estará sujeito a recurso nas instâncias superiores da Justiça.