Projeto Recuperar vira realidade

Na próxima semana, o governo do Estado vai repassar os primeiros R$ 2,5 milhões do Projeto Recuperar. A verba, projetada para chegar a R$ 12,8 milhões até janeiro de 2020, é destinada ao Consórcio Interfederativo Santa Catarina (Cincatarina), que fará a manutenção de 1,6 mil quilômetros de malha rodoviária estadual, abrangendo em 64 cidades. São R$ 8 mil por quilômetro em cinco meses. Os contratos para começo da ação foram assinados durante o Congresso de Prefeitos, da Federação Catarinense de Municípios (Fecam).

Um dos resultados da formação do consórcio foi a redução de custos, por conta das compras compartilhadas, próximo dos 32%, tanto em nos serviços de supervisão e fiscalização quanto nos de manutenção e conservação das SCs. De acordo com o chefe da Casa Civil do Estado, Douglas Borba, essa economia mostra que os R$ 12,8 milhões vão render, na prática, R$ 16 milhões em melhorias nas estradas. “Isso só é possível por conta do novo modelo, da cooperação interfederativa, proposto pelo Projeto Recuperar. É a união de esforços para o bem comum”, observou.

Grande parte dos municípios já aderiu ao Recuperar – 11 consórcios integram a iniciativa, abrangendo 18 das 21 associações regionais de municípios. Com isso, 201 das 295 cidades catarinenses cortadas por SCs estão aptas a utilizar esse modelo de serviço. A parceria alcança 4,2 mil de um total de 6 mil quilômetros da malha rodoviária estadual. “Algumas associações optaram por não aderir ao projeto por considerarem que ele delega competência das rodovias para os municípios. Mas não é nada disso”, explicou Borba. Ele lamentou a decisão dessas associações. “O governo estadual continua viabilizando financeiramente os trabalhos e ainda fortalece os municípios, que passam a decidir a melhor aplicação da verba em cada região”, defendeu.

 

Aproximação

Foto: Murici Balbinot/Adjori-SC

 

O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, esteve em Florianópolis nessa sexta-feira (27) e defendeu a aproximação das Forças Armadas com a iniciativa privada. Ele participou da abertura da Expo Defense, feira de negócios promovida pela Federação das Indústrias (Fiesc) que visa potencializar a participação de empresas catarinenses no setor. A entidade também apresentou um panorama do setor industrial no estado. “Eu fiquei admirado em ver os números. Este Estado é inovador. [Soube] juntar academia, empresas e governo”, disse Azevedo e Silva. Além disso, enfatizou o desafio que é proteger um país com dimensões continentais, com muitos quilômetros de costa e de fronteira seca. Lamentou que o Brasil seja o sétimo na lista de países da América do Sul em investimentos em Defesa, atrás de Colômbia, Chile, Equador, entre outros. Em Santa Catarina, apenas seis indústrias estão habilitadas para vender para as Forças Armadas. “O objetivo é aumentar esse número. Se nós considerarmos seis empresas de um universo de 88 brasileiras, nós temos muito a crescer ainda”, disse o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.

 

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Nota bônus

Foto: Ascom SDS

 

Durante SC Expo Defense também ocorreu o lançamento da segunda edição do Talento Inovador. O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), Lucas Esmeraldino, participou da assinatura do Termo de Cooperação entre a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesc), vinculada à (SDE), e a Federação das Indústrias (Fiesc), através do Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

A iniciativa tem o objetivo de fomentar a competitividade e o crescimento social, econômico, científico e tecnológico catarinense, promovendo a inserção de bolsistas nas empresas para o desenvolvimento de produtos e soluções inovadoras.

Podem participar:

  • Empresas
  • Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTIs), públicas e privadas
  • órgãos de governo
  • entidades do terceiro setor

Desde que com sede em Santa Catarina e interessadas em apresentarem projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI).

 

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Agenda O governador Carlos Moisés da Silva confirmou agenda com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, na segunda-feira (30). Moisés levará Moro para conhecer laboratórios do Instituto Geral de Perícias (IGP), que identificam possíveis criminosos por meio de material genético e podem servir de exemplo para outros estados.

 

Moro estará em Florianópolis para participar do Momento Brasil, série de eventos promovidos pela Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e TV (Acaert), com apoio da ADI-SC e da Adjori-SC, em integração editorial. A iniciativa coloca em debate o cenário atual do país com autoridades nacionais. A palestra do Ministro da Justiça, que se tornou nacional e internacionalmente conhecido pelas ações na Operação Lava-Jato, quando era juiz em Curitiba, será no Tribunal de Justiça (TJSC), também na segunda, às 10h30min.

 

Obras paralisadas Levantamentos realizados pelo Tribunal de Contas (TCE-SC) e pela Fiesc apontaram que mais de 120 obras com recursos públicos estão paralisadas ou com o andamento comprometido no estado. São R$ 6,9 bilhões de recursos envolvidos em 66 cidades catarinenses. Essa situação será tema de audiência pública marcada para o dia 7 de outubro, na Assembleia Legislativa, iniciativa do deputado Bruno Souza (sem partido).

 

Falta de repasse de verbas, problemas nos projetos e estudos, desapropriações, licitação/rescisão contratual e licenciamento ambiental estão entre os motivos que levaram à paralisação. Para o parlamentar, “isso evidencia a falta de planejamento e contribuição para a estagnação da economia e desperdício de dinheiro público”. O segmento de obras rodoviárias é o que apresenta o pior cenário.

 

Performance econômica A Federação das Associações Empresariais (Facisc) vai divulgar na segunda-feira (30), em sua sede, na Capital, o desempenho da economia catarinense no primeiro semestre de 2019. Serão apresentados dados atualizados do Índice de Performance Econômica (IPER-SC) também no acumulado dos últimos 12 meses. O IPER leva em conta movimentação bancária, consumo de energia, comércio exterior, emprego e movimentação da frota de veículos. “O índice é resultado de cinco grupos de informações e 13 variáveis de dados”, explicou o economista da Facisc, Leonardo Alonso Rodrigues.