Deputada Paulinha: "Não sou traidora"
02/07/2019

 

A deputada estadual Paulinha (PDT) usou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira para defender os 31 deputados estaduais que votaram contra a redução do duodécimo, proposta do governo derrubada na Comissão de Finanças e Tributação e no Plenário da Casa no mês passado.

A parlamentar ficou irritada com um vídeo que tem circulado pelas redes sociais no qual os 31 deputados são acusados de traição ao povo catarinense e de estarem prejudicando a Saúde do Estado. “Conheço as razões e sentimentos que levaram nosso governador a tomar essa postura (pela redução do duodécimo), que é pelo bem da sociedade. Mas, nesse momento, como foi concebida a discussão, não tivemos tempo e amadurecimento para tomar uma decisão que pode mudar em definitivo o acompanhamento de ações do Estado”, justificou. Segundo a pedetista, se a redução do duodécimo fosse proposta somente para o Legislativo, votaria com o governo. “Mas não ia apostar na redução de duodécimo de um órgão como o Ministério Público, por exemplo, para amanhã ou depois dizerem que estamos cerceando as investigações do próprio Gaeco e de outro órgãos de controle, que têm função de fiscalizar a atividade pública, tanto nossa quanto dos Executivos municipais e estadual.”

 

Investigação

A deputada também pediu à Assembleia que solicite à Polícia Civil uma investigação sobre a origem do vídeo, que classificou como uma “manipulação grosseira e estúpida, que desonra a política”. Enfática na defesa de seu voto, Paulinha falou do risco de qualquer posição assumida por um parlamentar o transforme em pessoa contra a Saúde ou a Educação, por exemplo, pautas de interesse unânime entre os deputados.

“O desprezo que a sociedade tem hoje pela política e pelos políticos é por conta desse tipo de atitude, que manipula a opinião pública. Estou disposta a ser criticada, a pagar o preço por qualquer voto que der, a favor ou contra o governo, mas não admito que o Parlamento, que os nomes dos 31 deputados, venham a ser vendidos como homens e mulheres conta a Saúde catarinense. Isso é inaceitável.” Além da Polícia Civil, a Comissão de Ética da Assembleia também será acionada para apurações sobre o vídeo.

 

(Da Assessoria, editada)