Fiesc realiza seminário sobre reforma da Previdência
10/06/2019

Seminário sobre reforma da Previdência reuniu lideranças industriais, políticas e representantes do setor de Comunicação na sede da Federação das Indústrias, em Florianópolis. O evento foi promovido pelo Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem), nesta segunda-feira. O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, classificou a reforma como tema central para o país e afirmou que a aprovação trará benefício imediato, “porque mostra que o Brasil está enfrentando suas questões que inibem o crescimento e, por conta disso, ganharemos credibilidade e os investimentos internacionais voltarão a gerar emprego, renda e crescimento”.

O gerente de Políticas Fiscal e Tributária da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mário Sérgio Carraro Telles, e os deputados federais Darci de Matos (PSD) e Pedro Uczai (PT) participaram do seminário. Telles disse que a reforma da Previdência é importante para destravar o crescimento econômico e para “eliminar injustiças, distorções e tratamentos muito privilegiados para determinadas categorias profissionais em detrimento do total da população”.

Logo depois foi a vez de os deputados se manifestarem. Darci de Matos disse que nenhum governo vai ter sucesso com déficit previdenciário de R$ 300 bilhões e que o Estado brasileiro está à beira do caos, com 13 milhões de desempregados. “A Previdência é a primeira e grande reforma que temos que fazer e vamos fazer”, declarou, informando que o relatório da Comissão Especial tem previsão de ser entregue nesta quinta-feira (13) pela manhã. Matos ainda defendeu a manutenção de estados e municípios na reforma.

Lá o deputado Pedro Uczai disse que em 2013 o governo inseriu o teto para servidores públicos, mas há um passivo anterior que não tem como resolver porque é um direito adquirido. Ele disse que concorda com vários pontos da proposta como o escalonamento das pensões e definição de idade mínima. Mas defendeu que a Previdência para trabalhadores rurais deve ficar fora do debate, assim como o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Uczai também é contra o regime de capitalização. “Nos 30 países que implantaram o sistema de capitalização, 18 já voltaram atrás.”

 

(Da Assessoria, com edição)