Recentemente tem vindo aos meios de comunicação social notícias sobre a presença de espécies invasoras no estado de Santa Catarina, trazendo consequências para a região. Últimos números avançados apontam para que cerca de 20% das espécies invasoras no Brasil se encontram no Estado de Santa Catarina, tendo sido contabilizados perto de 100 espécies até ao momento.

Uma espécie invasora é toda a espécie de ser vivo, normalmente animal ou vegetal, que não é original de um meio, e que, uma vez introduzida de forma não natural nesse local, se multiplica de forma incontrolada, por condições excecionalmente favoráveis: abundância de alimento, ausência de predadores, condições de temperatura muito estáveis, entre outras. Esta proliferação cria desequilíbrios nos meios onde foram introduzidas, com consequências para os ecossistemas, e por vezes para os seres humanos também.

As espécies invasoras em Santa Catarina têm causados vários problemas, quer a nível ecológico, quer a nível humano. Estes problemas são mais pertinentes nos casos dos sagui-de-tufos-pretos, javali, mexilhão-dourado e pinheiro. Por exemplo, o mexilhão-dourado (Limnoperma fortune) cria transtornos nas usinas hidroelétricas. Este mexilhão tem a particularidade de se multiplicar muito rápido e de se agregar em grandes massas, onde a contagem de indivíduos podem chegar aos milhares por metro quadrado. Estas massas afetam as tubagem e condutas das usinas, requerendo grandes despesas acrescidas de manutenção às usinas, como é o caso da usina de Campos Novos.

Já o Javali (Sus scrofa), originário da Europa e América do Norte, pode-se encontrar no interior, no Capão Alto, onde causam graves prejuízos às quintas locais, atacando e destruindo as culturas. A sua população encontra-se descontrolada, sendo que ultimas estimativas colocam as populações de javalis