Jornais ADI/Adjori – O que a motivou a concorrer ao Senado?
Miriam Prochnow – Tenho experiência de mais de 30 anos nas questões socioambientais, com projetos locais, estaduais, nacionais e internacionais. Como o senador representa o Estado e eu já trabalhei em vários temas estratégicos, percebi que o momento era importante para eu colocar o meu nome à disposição para o Senado. Tenho dito que este é o meu melhor momento para um cargo desses, pela experiência adquirida e porque nos últimos 10 anos fui secretária Executiva do Diálogo Florestal, uma iniciativa nacional que reúne as maiores ONGs socioambientalistas do Brasil e grandes empresas do setor florestal em busca de um entendimento e de trabalhos conjuntos em prol da sociedade.
ADI/Adjori – Como chegar lá e de fato fazer a diferença?
Miriam – Eu tenho reforçado muito que a minha aliança é com os 7 milhões de catarinenses. Mesmo que minha experiência seja pessoal, é também coletiva, por meio de fóruns, de participação em entidades. Posso estar lá como senadora, mas não estarei lá sozinha. E é isso que vai me dar forças para trabalhar em um ambiente pouco favorável como o Senado. Sei que terei o apoio dos nossos parceiros nas pautas que formos defender.
ADI/Adjori – Qual deve ser seu principal trabalho no Senado?
Miriam – Sou signatária do Movimento Unidos contra a Corrupção, com 70 medidas elaboradas por instituições em nível nacional. Uma das minhas missões é tentar resgatar a credibilidade da classe política para fazer com que os catarinenses tenham orgulho de seus representantes. Tenho também compromissos pessoais, como abrir mão do auxílio moradia, da verba para compra de roupas, da aposentadoria especial e fazer com que esse tipo de privilégio deixe de existir. Do ponto de vista do interesse coletivo voltado à sustentabilidade, uma das minhas pautas é a mudança da matriz energética para energias limpas. E uma proposta bem concreta que pretendo levar a projetos de lei que estimulem a implantação da energia solar em Santa Catarina e no Brasil, de forma a gerar renda aos produtores rurais, por exemplo.
ADI/Adjori – Haverá um trabalho específico para as mulheres?
Miriam – Com certeza. O empoderamento das mulheres é uma pauta muito importante para mim e o meu partido. Precisamos combater a violência contra as mulheres, mas também as desigualdades no mercado de trabalho. Sou mulher. Já sofri várias discriminações por conta disso e sei o que isso significa. E a importância de se ter uma mulher lá para fazer a nossa defesa é muito grande.