Cursos de Mecânica de Aeronaves e Projetos de Inovação na área espacial são algumas oportunidades imediatas de parceria que podem ser firmadas entre o Senai-SC, ligado à Federação das Indústrias (Fiesc) e a Força Aérea Brasileira (FAB). A avaliação é do comandante da Aeronáutica, tenente brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato. Nessa sexta-feira (21) ele liderou visita de comitiva da corporação a unidades do Senai-SC na Grande Florianópolis.
O grupo esteve na Escola de Mecânica de Aviação, em Palhoça, e no Instituto de Inovação em Sistemas Embarcados, na Capital. “Com certeza, no que vimos em Palhoça, temos interesse na formação de técnicos para manutenção de aeronaves e já estamos trabalhando juntos – com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica – em projetos na área espacial”, disse Rossato. “A espacial já é, no mínimo, uma área de extrema relevância para nós e que deve ter resultados bem ampliados a partir de agora.” Segundo ele, a proposta é conhecer as áreas de atuação do Instituto Senai para identificar outras oportunidades de parceria.
Ele citou como exemplo áreas como as de veículos aéreos não tripulados (VANT) e monitoramento. Além de Rossato, compuseram a comitiva da FAB o tenente-brigadeiro do ar Paulo João Cury, comandante-geral de apoio da Aeronáutica, o major brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, chefe de gabinete do Comando da Aeronáutica, o coronel aviador Luiz dos Santos Alves, comandante da Base Aérea de Florianópolis, entre outros oficiais.
Santa Catarina já produz para a área militar
Na quinta-feira (20), no começo da missão, o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, destacou ao alto comando da FAB as possibilidades de parceria da indústria catarinense com as Forças Armadas. Ele fez uma referência especial ao satélite em desenvolvimento no Instituto Senai e que poderá prestar apoio também à Segurança Pública. O presidente do Comitê da Indústria de Defesa da federação (ComDefesa), Cesar Augusto Olsen, citou diversos produtos já fabricados pela indústria catarinense que atendem as exigências militares, como revestimento de navio e de aeronave, cerâmica balística e tecido imperceptível ao infravermelho. “A função do ComDefesa é fazer a interface entre as demandas militares e a indústria e mostrar as oportunidades disponíveis. Sabemos que grande parte do material (para fins militares) adquirido pelo Brasil é importado, mas está havendo um despertar da indústria nacional”, avaliou.