Jornais ADI/Adjori – Neste momento do país, vale mais a experiência ou a renovação no Senado?
Amin – O próprio nome do Senado demonstra que é para maiores de 35 anos, na República e na Federação. No Senado, deve prevalecer a experiência, até porque é uma Casa revisora, é uma Casa de representação do Estado. Eu acho que a renovação sempre é desejada, mas com confiança, com esperança, e que a pessoa tenha a experiência necessária.
ADI/Adjori – E nisso pesa a sua experiência, tanto no Executivo quanto no Legislativo.
Amin – São características que diferenciam minha candidatura. A experiência como governador, conhecimento do Estado, e a percepção de que Santa Catarina e os seus bons exemplos não são adequadamente valorizados em Brasília. A nossa voz tem que ser alteada, e eu acho que é muito importante salientar a possibilidade de eleger um Espiridião Amin e um Raimundo Colombo (PSD, compõe chapa ao Senado com Amin na coligação). E o momento que o Brasil vive não pode ser desprezado. Nós não vamos salvar o nosso Estado, nós temos que salvar o país. Fazemos parte de uma nação em grande crise econômica, social. O Brasil comemora neste ano cada vez em que em um determinado mês a gente repete os dados econômicos de 2014. Nós perdemos quatro anos. Perder quatro anos para um pessoa é muito, para uma nação é impossível recuperar.
ADI/Adjori – É possível reverter esses quatro anos?
Amin – Não. O tempo não volta. O que é possível é recuperar parte deste tempo perdido o mais rapidamente possível. Eu calculo que, com reformas, nós não recuperamos o que perdemos, mas voltaremos a crescer. Por exemplo, reforma tributária. Só quem já foi governador sabe o quanto é importante preservar a receita do tipo de Estado que nós somos: um estado industrializado, que exporta, importa matéria-prima. Nós temos que ter uma reforma tributária que não nos alije do mercado e que nos dê competitividade para este modelo catarinense, que é extraordinário, construído não pelo governo, mas pela sociedade. A reforma tributária eu considero a mais importante, a mais urgente para a retomada.
ADI/Adjori – Como recuperar a credibilidade do Congresso?
Amin – Votando. O eleitor que reclama, tem agora o seu encontro com a verdade. Ele se lembra em quem votou? Está contente com o desempenho? Ele tem que cuidar, em primeiro lugar, do seu voto! A pior coisa que ele pode fazer é dizer ‘está tudo errado e eu não vou votar’.