Nosso estado é rico em recursos naturais, como água, minérios, terras férteis e muitas belezas. Temos um ótimo IDH e um dos mais baixos índices de pobreza. O PIB catarinense é de quase 250 bilhões de reais. Temos cinco portos que escoam a produção da classe trabalhadora, sobretudo para o exterior. Mesmo com a crise, que tendeu a produção para o mercado interno, ainda somos uma economia agroexportadora.
Os custos disso são altos. Vão desde a intensificação da exploração da força de trabalho, com aumento de jornada, desemprego e baixa de salário; até a degradação do ambiente. Santa Catarina é o campeão em acidentes de trabalho e afastamentos por LER (lesão por esforço repetitivo), atingindo, em especial, a juventude e as mulheres.
As ocorrências de danos ao ambiente são alarmantes, a exemplo da contaminação do solo e da água por dejetos da suinocultura de exportação no Oeste do estado, da poluição da pirita nos bairros de Criciúma e dos graves danos à saúde física e mental dos agricultores causados pelo excessivo uso de agrotóxicos na produção de fumo e cebola no Alto Vale do Itajaí. Assim, nas relações da sociedade com o ambiente podemos perceber e sentir como a sociedade capitalista destrói a vida humana e o ambiente.
Contudo, mostramos que há um caminho pra gente, na autogestão sustentável das indústrias que atenda às necessidades das trabalhadoras; na agroecologia produzida em pequena e grande escala, conectada aos principais centros públicos de produção científica e profissional. E, dada a inversão de valores na direção do estado catarinense, podemos facilitar a vida dos pequenos agricultores, comerciantes e industriais, modificando a lógica atual, que proporciona isenções de impostos e créditos às grandes e médias empresas, abandonando os micro e pequenos empresários.
Desde o início nossa unidade é construída para a cogestão entre vice e governador na condução do programa para o Estado que garanta o SUS e a educação 100% estatais e políticas de acolhimento às mulheres vítimas de violência.
Por Carol Bellaguarda (PCB), candidata a co-governadora na coligação com o PSOL, “Há um caminho pra gente”, é cientista social, formada pela UFSC, pesquisadora e educadora popular