João Goulart Filho foi apresentado pelo PPL como seu pré-candidato à presidência da República e usou Santa Catarina como um grande exemplo de pujança que pode ser usado no resgate do país que, em sua avaliação, está precisando principalmente de criação de empregos e de novos investimentos. “Nosso projeto de governo é nacional desenvolvimentista. Entendemos que o Brasil precisa estancar essa sangria de recursos do orçamento para o mercado financeiro. Não é mais possível que um país como o nosso drene R$ 400 milhões ao ano de seu orçamento para pagar sistema financeiro. Nosso partido propõe que rediscutamos isso, de forma a transferir parte desses recursos para o desenvolvimento das pequenas e médias empresas brasileiras.”
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Questionado sobre sua posição política, respondeu que o modelo de economia globalizada de hoje já não permite distinguir claramente posições à esquerda ou à direita. E recorreu ao capítulo da história brasileira que envolveu seu pai para explicar a afirmação. “O golpe de 1964, que tirou o presidente João Goulart do poder, ceifou o projeto de nação que o Brasil tinha, nacionalista, voltado à distribuição não só da renda, mas também da riqueza, ainda tinha o componente de esquerda e direita porque o mundo estava dividido em dois. Hoje a União Soviética já não existe mais. Nossa Constituição preza pela propriedade privada. A economia de Estado acabou. Hoje nós vivemos um processo ideológico de como administrar o desenvolvimento social. Temos o livre mercado, sim. Mas apenas para a drenagem dos nossos capitais ou seus lucros são para o desenvolvimento social? É neste ponto que se diferenciam as propostas.”
Ao falar do projeto nacionalista do PPL, Goulart Filho afirmou que ele “fere suscetibilidades do mercado”, mas que haverá de ser cumprido.
Goulart Filho fala sobre:
Política entreguista – “Vivemos em um país que está sendo entregue aos grandes oligopólios, às grandes multinacionais. Estamos perdendo nossa soberania na extração e refino do nosso petróleo, nos minérios estratégicos, e até na esperança do povo brasileiro. Temos que reconquistar esses sonhos e devolver o país a quem ele realmente pertence: a todos os brasileiros e não apenas ao mercado financeiro.”
Diferenças entre partidos – “Foi criado um Fundo Eleitoral de R$ 1,7 bilhão ao qual os partidos ideológicos sem representação parlamentar não têm acesso para financiar suas campanhas. É uma luta de Davi contra Golias.”
Malas de dinheiro – “Nós temos patrimônio. E nosso patrimônio não são malas rolando pelas ruas cheias de dinheiro. Nosso patrimônio é histórico e de resistência. Nosso patrimônio são as leis dos trabalhadores de Getúlio e de Jango, que nós haveremos de cumprir.”
Wikipedia.org: João Vicente Fontella Goulart nasceu em 1956 na cidade do Rio de Janeiro (RJ). É filósofo, filho presidente deposto João Goulart. Viveu parte da infância e adolescência como exilado, no Uruguai.
Partidos
- PPL (2017 – atualmente)
- PDT (1979 – 2017)
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