Pré-candidato presidência da República pelo PRB, o empresário Flávio Rocha foi direto ao ponto e fez críticas raivosas ao poder central do país durante a entrevista que antecedeu sua participação de 30 minutos no Congresso de Prefeitos e Prefeitas da Federação Catarinense de Municípios (Fecam): “Santa Catarina é um estado absolutamente industrializado que sofre ao ver a morte precoce da indústria no Brasil. Não só a indústria está sob ataque, mas quem produz está sob ataque.” Segundo afirmou, o esforço para assumir a presidência do país visa devolver o Estado brasileiro aos seus reais donos, os brasileiros.
Ele justificou afirmando que “há uma hipertrofia de Brasília”, que classificou como uma “corte que se distancia do propósito de servir”. Rocha defendeu que o momento exige que cidadãos se unam aos municípios para fazer uma cirurgia de grande porte no Estado brasileiro. “O Estado não cabe no PIB. Brasília é uma corte distante do sofrimento e das angústias do povo. Venho aqui propor uma grande frente de cidadãos e municípios para fazermos essa grande cirurgia, com ou sem anestesia.
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A reinserção do Brasil nos trilhos do progresso e do desenvolvimento, nas palavras do candidato do PRB, é o que há de mais urgente. Flávio Rocha pontuou que o país vem perdendo competitividade, tanto pelo peso do Estado brasileiro quanto pelo cerco asfixiante da burocracia. “Vamos reverter esse processo e gerar milhões e milhões de empregos.”
Quanto à participação no evento da Fecam, disse que tinha como motivação levar aos prefeitos os ensinamentos do varejo, sua área de atuação. “Vimos dezenas de empresas do varejo que morreram do mesmo mal que está matando o país – o crescimento do Estado, Brasília agigantada e membros atrofiados. Precisamos de mais municípios e menos Brasília. De mais serviços e de menos privilégios.”
Rocha fala sobre:
Traição – “O constituinte de 1988 foi traído, e eu estava lá, foi traído. Porque a Constituição é municipalista. Mas houve um golpe contra o município e, consequentemente, contra o cidadão. Vamos redesenhar esse pacto federativo fazendo com que haja mais musculatura no atendimento direto ao cidadão e menos peso morto em Brasília, que é como um membro com gangrena. Nós precisamos decepar esse peso morto na economia, que se apropria de quase 70% do povo tributário.”
Capital e trabalho – “Não existe esse conflito, hoje. O conflito é entre quem produz e que parasita. Quem produz são os trabalhadores, empreendedores e municípios. Na conjuntura atual, o carrapato ficou maior do que o boi.”
Herança de Temer – “Um Estado desgastado, impopular, ausente e sem propostas. Se as reformas tivessem sido aprovadas o cenário seria outro. Infelizmente, o cenário turbulento impediu esse passo importantíssimo.”
Wikipedia.org: Flávio Gurgel Rocha nasceu em 1958 na capital de Pernambuco, Recife. É empresário e presidiu as Lojas Riachuelo, de onde se afastou para concorrer.
Partidos
- PRB (atual)
- PRN
- PL
- PFL (hoje DEM)
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