Ciro Gomes diz que é preciso andar com habilidade para evitar o campo da intriga e da fofoca

O que aconteceu com o Brasil para chegarmos à situação de tanta gente desempregada, de tanta desesperança, de tanta crise por todos os ângulos e de tanta violência? Como se faz para juntar as inteligências do país em busca de soluções que permitam virar esse jogo? As duas perguntas são o “rabisco a ser melhorado” de um projeto nacional de desenvolvimento do PDT, que tem Ciro Gomes como pré-candidato à presidência República. Para ele, a virada do jogo é fácil, mas depende de uma revisão do pacto federativo, dando mais poder de investimentos e decisão aos prefeitos.

“Se olharmos o poder central do Judiciário, do Legislativo e do Executivo, em Brasília, estão desmoralizados. Os governos estaduais e municipais se preservam com grande respeitabilidade ainda. É no entendimento com estes que nós vamos promover a mudança”, afirmou Ciro. O projeto de governo para eu isso ocorra “bota um olho no peixe e outro no gato”. O peixe é ganhar a eleição, “para interromper o itinerário de tragédia e de agenda anti-pobre e antinacional”; o gato é governar. Aí vem a dificuldade na avaliação do pedetista que garante que nenhum partido fará muito mais do que 10% na composição da Câmara Federal. “O meu partido, PDT, que elegerá 60 federais, terá 12%. Isso quer dizer que, se eleito, estarei obrigado a negociar com quem quer que seja. Isso é da democracia. Portanto, tenho que respeitar todas as forças políticas, mas andar com habilidade para evitar o campo da fofoca e da intriga.”

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A conquista do eleitorado descrente e a recuperação do respeito pela política passam, para o pedetista, pela soma de exemplo com ideias. Assumindo esta posição, disse se apresentar pelo PDT com a bandeira histórica que funda o Brasil moderno, com Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola. E, pessoalmente, como ex-prefeito, ex-governador, ex-ministro, três vezes deputado, “nunca envolvido em qualquer tipo de escândalo ou roubalheira, o que nada mais é do que minha obrigação”.

 

Ciro fala sobre:

Modelo catarinense – “Santa Catarina também tem problemas, mas os enfrenta de forma muito peculiar, positivamente e exemplarmente para o Brasil. É o único estado que não concentrou sua população em uma cidade só, é o único estado em que a maior cidade não é a capital, o que vale também para a lógica de desconcentração do poder econômico. Com diversificou a propriedade rural e permite um associativismo com adensamento tecnológico e acesso ao mercado que só aqui se vê.”

O vice – “Do mercado financeiro é que não vem!”

Fenômeno Bolsonaro – “Para nossa sorte, é um candidato extremista, militarista, muito despreparado, que representa, neste momento, um protesto justo. Uma parte importante do eleitorado vê na retórica dele uma solução tosca para problemas reais. Quando a população conhecê-lo bem, ficará claro que só restará para ele o fascismo. E o fascismo é um câncer que a humanidade tem que combater com grande intransigência.”

Wikipedia.org: Ciro Gomes é de Pindamonhangaba (SP), onde nasceu em 1957. Advogado e professor universitário, apesar de paulista fez a vida política no Ceará.

Partidos

  • PDT (atual)
  • PROS
  • PSB
  • PPS
  • PSDB
  • PMDB
  • PDS

 

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