R$ 890 bilhões! O valor, que, com certeza, já está bem maior neste momento de sua leitura, é o resultado de tudo o que os brasileiros pagaram em tributos desde o 1º dia do ano até hoje, 15 de maio. No mesmo período, só em Santa Catarina, o valor coletado passa dos R$ 34,5 bilhões. Os dados são do Impostômetro, um serviço mantido pela Associação Comercial de São Paulo.
Tributo é essencial. É do que é recolhido da sociedade que os três níveis do Executivo – União, Estado e Município – tiram os recursos para investir em suas obrigações. Entretanto, os brasileiros têm sempre o sentimento de que paga mais do que recebe, o que se confirma pelo ranking do Índice de Retorno e Bem Estar Social (Irbes), no qual, a título de comparação, o Uruguai aparece na 11ª colocação, a Argentina, na 19ª, e o Brasil ocupa um triste 30º lugar.
Mostrar esses volumes e distorções é um dos objetivos do Feirão do Imposto de 2018, que vai acontecer em 52 cidades catarinenses, culminando no Dia D, no próximo sábado (19). Serão mais de 130 atividades para marcar o movimento que este ano reivindica justamente a maior eficiência no uso dos recursos públicos. O slogan da edição 2018 é Pague 2 Leve 1.
Pioneirismo catarinense
O Feirão do Imposto é realizado pelo Conselho Estadual de Jovens Empreendedores (Cejesc), o braço jovem da Federação das Associações Empresariais (Facisc), e pelos núcleos de Jovens Empreendedores das 52 cidades em parceria com as associações empresariais (ACIs) locais. Além disso, o Feirão também é promovido nacionalmente pela Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje).
Segundo vice-presidente Executivo do Cejesc, Adriano Philipps lembra que o movimento surgiu em 2002, em Joinville, e logo foi disseminado para outros estados. Já a coordenadora estadual do Feirão do Imposto, Larissa Rocha, explica que a iniciativa é muito maior que o Dia D. “Cabe a cada núcleo de jovens empreendedores trabalhar a conscientização para que consigamos mais do que apenas pessoas querendo abastecer o carro com preço mais baixo. Queremos que as pessoas entendam que precisamos ter retorno do valor que pagamos, que precisamos cobrar para ter mais Saúde, mais Educação, mais Segurança.”
Entre as conquistas da mobilização estão a aprovação da Lei do Imposto na Nota (Lei 12.741/12), que mostra o peso do tributo em cada compra feita pelo consumidor/contribuinte, e a legislação que estabeleceu a retirada dos tributos federais que incidiam sobre os itens da cesta básica (Lei 12.839/13).
Confira a programação das 52 cidades no link goo.gl/JVD2Hb
(Editado por Andréa Leonora, com informações da Facisc e do Impostômetro)