A situação foi mais grave em estados das regiões Norte e Nordeste do país. O caos se instalou com falta de sinalização luminosa no trânsito, pessoas presas em elevadores, escolas dispensando alunos mais cedo, empresas e repartições públicas liberando os trabalhadores antes do final do expediente.
O assunto não mereceu destaque na página da Eletrobras. A única notícia postada até as 20 horas desta quarta-feira (21) foi o fato relevante sobre a Resolução nº 30 do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República, que trata do processo de desestatização da empresa. O mesmo ocorreu na página da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que até o mesmo horário publicou apenas uma matéria no dia, falando da reunião sobre a Escola Ibero-americana de Regulação durante Fórum Mundial.
A Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) destacou o problema em sua página de abertura, falando das áreas afetadas, mas sem citar Santa Catarina. De acordo com a matéria da agência oficial do governo, o Operador Nacional do Sistema (ONS) ainda estava apurando a extensão e as causas do problema.
No Sul do país, o único estado de fato atingido foi Santa Catarina. O fornecimento de energia foi normal no Rio Grande do Sul e sofreu apenas uma oscilação no Paraná.
A Celesc distribuiu nota informando sobre a situação. Leia a íntegra:
A Celesc informa que cerca de 175 mil unidades consumidoras em diversas regiões de Santa Catarina ficaram sem energia nesta quarta-feira (21/03) devido a uma ocorrência no Sistema Interligado Nacional de Transmissão de Energia Elétrica, que acabou afetando a Celesc. Os municípios mais atingidos foram os que compõem as regionais de Joinville, Blumenau e Florianópolis.
O evento, registrado às 15h48, provocou a abertura de 70 alimentadores do sistema da distribuidora catarinense devido a uma atuação na proteção do Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC), que previne um apagão quando uma usina ou uma linha de transmissão de grande porte interrompem a geração ou a distribuição de energia.
A ocorrência perdurou por aproximadamente 10 minutos, até que o Operador Nacional do Sistema (ONS) liberasse a Celesc para retornar a carga aos consumidores.
Informações preliminares indicam que o problema, que também afetou outras áreas do país, ocorreu no Bipolo Xingu-Estreito, que atravessa os estados do Pará, Tocantins, Goiás e Minas Gerais.