Para João Amoêdo, o grande buraco do setor público brasileiro é a previdência

João Amoêdo, pré-candidato pelo partido Novo, foi o segundo a apresentar suas ideias – e seus ideais – no Congresso dos Prefeitos e Prefeitas da Fecam. Na entrevista que concedeu antes de seus 30 minutos de manifestação para a plateia de gestores públicos municipais, foi direto ao assunto: é preciso descentralizar o poder. “Precisamos trazer o poder para mais próximo da população e, consequentemente, para mais junto do município. Fazer o novo pacto federativo”.

Para ele, ninguém melhor do que os prefeitos e os cidadãos para aplicar bem os recursos públicos. Por isso defende que as verbas devem estar mais concentradas nas prefeituras, o que garantirá maior controle, um ambiente menos suscetível à corrupção e com mais efetividade na aplicação. “Vamos tirar poder de Brasília e devolver o poder para as cidades.”

Quer receber as notícias no WhatsApp? Clique aqui

Como fazer isso? Amoêdo já tem a estratégia pronta. O primeiro passo é equilibrar as contas do governo federal. Para isso, citou uma série de providências a serem efetivadas. Reforma da previdência – “hoje o grande buraco do setor público” – e controle de privilégios e mordomias – “temos um Congresso que custa hoje R$ 20 milhões por dia” – são os pontos iniciais de seu plano. “É preciso que a gente dê o exemplo na área pública. Para fazer isso, e aí está a principal proposta do Novo, a ideia foi trazer gente nova para a política, que entenda que o poder é para servir o cidadão e não para se servir dele. A renovação da política é a nossa aposta.”

Sobre Santa Catarina, mostrou-se impressionado. “É um estado intensamente empreendedor, algo que o Novo prega muito. Provavelmente será o estado com o maior nível de aceitação de nossas ideias, pelo espírito empreendedor de buscar o seu próprio negócio, de se desenvolver e da meritocracia. Santa Catarina pode ser o exemplo para outras regiões do Brasil.”

O Novo começou a ser gestado em 2010. As eleições gerais de 2018 serão as primeiras das quais vai participar. Nas eleições municipais de 2016, a sigla elegeu somente quatro vereadores, que atuam pela cartilha do partido: cortaram quase 40 assessores e economizaram quase 50% das verbas de gabinete.

 

Amoêdo fala sobre:

Papel de Estado – “Governo tem que atuar na Saúde, na Educação, na Segurança e ponto. Não tem que administrar posto de gasolina, instituição financeira, entrega de correspondência. Tem que buscar uma gestão eficiente, com menos burocracia, com mais uso de tecnologia e pessoas de boa qualidade.”

Princípios do Novo – “Nós acreditamos na renovação. O Novo é o único partido do Brasil que não usa dinheiro público. Estamos focados no corte de privilégios. E não faremos coligação meramente por conta de tempo de televisão. Só assim teremos uma política nova.”

Dever do cidadão – “É preciso alertar o cidadão que o Congresso é eleito por nós. Se nós queremos mudanças, devemos participar mais ativamente do sistema e elegermos um novo Congresso. É fundamental promover uma renovação com pessoas que pensem diferente dos que estão lá. Se continuarmos com as mesmas pessoas, que querem ter mais poder e concentrar poder em Brasília, dificilmente o país vai mudar.”

Wikipedia.org: João Dionisio Filgueira Barreto Amoêdo, mais conhecido como João Amoêdo, nasceu em 1962, no Rio de Janeiro (RJ). É engenheiro, administrador de empresas, ativista político e um dos fundadores do partido Novo.

Partidos

  • Novo (2011-presente)

Leia também:

Alckmin declara que se a economia…

Por carta, Lula fala aos prefeitos e…

Rebelo fala sobre o Congresso…

Meirelles dá a receita: aumentar o…

Flávio Rocha propõe uma cirurgia de…

João Goulart Fº aposta na política…