O pré-candidato à presidência da República pelo Solidariedade, Aldo Rebelo, foi um dos mais enfáticos na exposição de suas bandeiras, tanto para jornalistas quanto para o público do Congresso de Prefeitos e Prefeitas realizado pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam). Fez um longo discurso sobre os conhecimentos que detém sobre Santa Catarina para, segundo ele, não deixar a má impressão de que sua passagem pelo estado teria apenas motivação política. “Tenho grande apreço por Santa Catarina, estado que visito desde os meus tempos de estudante”, disse ao mostrar que conhece também os líderes políticos catarinenses. “Lauro Müller, aliás, foi o autor da emenda que levava a Capital do Rio de Janeiro para Brasília, em1891.”
Falando já como pré-candidato, afirmou a importância de Santa Catarina para o país, que atravessa crise fiscal, previdenciária, de segurança pública e cambial. “Nossa moeda está derretendo diante da variação do dólar e o Brasil vai precisar dos estados exportadores, que geram divisas e que, com sua economia, protegem a balança comercial. Então, o Brasil precisa de Santa Catarina. E precisa apoiar as potencialidades deste estado.” Ele reconheceu a falta de infraestrutura adequada como a demanda mais urgente para o desenvolvimento econômico de Santa Catarina.
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Rebelo disse valorizar a agenda municipalista, mas decretou que as pautas dos municípios não serão atendidas se não houver uma rápida retomada do crescimento econômico do país. Sem isso, afirmou, não haverá saída para nenhuma das crises pelas quais o Brasil atravessa, como a do desemprego. “Onde é que o Brasil vai voltar a crescer? Não é em Brasília, onde só cresce a despesa. A economia cresce é nos municípios, onde são gerados empregos, divisas, renda e tributos. Precisamos voltar a crescer para reduzir as desigualdades, que voltaram a crescer nos últimos dois anos.”
Rebelo fala sobre:
Oportunidades desiguais – “Milhares de escolas públicas do país não têm água ou energia elétrica, e são multiclasse. Enquanto tem escola privada, ao custo de 5, 10, 15 mil reais, de excepcional qualidade. O que você está prometendo de democracia para o futuro se tem uma criança que estuda em uma escola sem água e luz e outra que aprende duas ou três línguas ainda no início da escolarização?”
Brasil não mudou – “Quando o nosso imperador abdicou e foi embora, deixou aqui uma monarquia sem monarca, apenas com regentes que mudavam a cada três meses. Teve um momento que o Brasil viveu quatro guerras civis simultâneas. Farrapos, no Rio Grande do Sul, Sabinada, na Bahia, a Balaiada, no Maranhão, e a Cabanagem, no Pará. Nó contornamos esta situação, chegamos à República, passamos por 1930, passamos por 1964. A democracia brasileira é submetida a provas muito duras. Se sobreviver significa que é uma democracia forte. Estamos no momento de turbulência.
Baixa renovação do Congresso – “Podem se preparar: vai ser a mais baixa renovação da história recente do Congresso. Vai ficar em torno de 20%. Mas, como dizia Teotônio Vilela, o barro é esse. Quem quiser governar com um Congresso da Suíça, da Finlândia, que vá pra lá. No Brasil o Congresso é esse e não tem desculpa de que é impossível governar por causa do Congresso.”
Wikipedia.org: José Aldo Rebelo Figueiredo é natural de Viçosa (AL), cidade onde nasceu em 1956. É jornalista, escritor e político, membro do Solidariedade
Partidos
- PCdoB (1977-2017)
- PSB (2017-2018)
- SD (2018-presente)
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